Ainda sentimos no nosso coração o lamento pela morte do nosso irmão, Tom Chico. Nos deixou tão depressa, rápido demais. Conheci-o ao chegar à Diocese de Oeiras, o ano era 2005. Sempre animando as celebrações litúrgicas.
Recebeu, quando do seu batismo, o nome de Antônio Francisco Cardoso de Soares. Mas entre nós era chamado, carinhosamente, de Tom Chico.
No contato com os instrumentos, gerava uma comunicação, uma comunhão, como se cada instrumento fosse a extensão do seu corpo.
Parecia, literalmente, viver da música e para a música: era o seu oxigênio, a marca do seu DNA. Um homem de pequena estatura que, ao tocar, se transformava em um “gigante”.
Um “gigante” sempre tão discreto, sempre no seu canto, no seu lugar, com aquela consciência de que a sua arte não deveria se sobressair em relação ao Mistério.
E, com o seu jeito de tocar, nos ajudou inúmeras vezes, tornando as nossas liturgias revestidas de uma beleza sem par.
Dava aos cânticos um colorido todo especial com os arranjos que ele criava. E quantos de nós, com certeza, realizamos a experiência de sentir o Mistério, voltando desse modo para casa, para a missão, mais cheios de Deus.
Deixou a sua folha de trabalhos prestados à Igreja. Deixou-nos especialmente o testemunho de quem viveu para a música, para a Liturgia.
Ultimamente estava trabalhando na Paróquia da Sagrada Família. Tomado de assalto por um CA fulminante, independentemente de todos os cuidados e providências, não resistiu e veio a óbito no dia 07de fevereiro do ano em curso.
Ficamos sem Tom, nos deixou Tom Chico, que do céu, contemplando a orquestra celeste, com a regência do Pai do Eterno, ele interceda por todos e cada um de nós, a fim de que sejamos a cada dia renovados pelo desejo de continuarmos a seguir o Divino Mestre.
Texto do Pe. Francisco Barbosa, Presbítero da Diocese de Oeiras, Pároco da Paróquia Santo Inácio de Loyola, Março/2022, Fone/zap: 89-99413-1800, e-mail: pebarbosa1965@bol.com.br