Os professores e trabalhadores da rede estadual de educação decidiram manter a greve, que já dura quase duas semanas. Em assembléia nesta segunda-feira, na Praça da Bandeira, centro de Teresina, os trabalhadores da educação não cederam à proposta do Governo, de pagar o reajuste de 11,33% em duas parcelas. Categoria ainda pretende fazer denúncia de improbidade administrativa contra o Governo do Estado, pelo descumprimento da Lei do Piso.
O resultado da assembléia já havia sido previsto pela presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Piauí (SINTE), a professora Odeni Silva. Os professores argumentam que são as gratificações à categoria que fazem o valor do salário ser acima do piso. Segundo o sindicato, o piso do professor no Piauí ficaria abaixo do salário mínimo.
O porta-voz do Sinte, o professor Cássio Lages afirmou que a categoria não aceita o parcelamento do aumento de salário. "Governo demonstra que quer priorizar o que é importante para o Estado, e não vejo como não é importante ter os alunos dentro de sala de aula, e valorizar o professor", argumentou o professor.
"Assim como o governador decidiu pedir a ilegalidade da greve, o sindicato assina o encaminhamento de pedido de improbidade administrativa, pelo descumprimento da Lei do Piso", disse o professor Cássio Lages.
O sindicato marcou novo ato público para a próxima quinta-feira, no pátio da Secretaria Estadual de Educação (Seduc). "Vamos entrar na Seduc e mobilizar trabalhadores a não iniciar suas atividades, e somar a nós nessa luta. Trabalhadores do administrativo também estão tendo seus direitos negados", comentou o porta-voz.
Fonte: Folha de Oeiras