Com a incidência de calazar humano em alta no Piauí, a cidade de Oeiras aparece entre as cidades que registraram maiores números de casos da doença. Além de Oeiras, os municípios de Teresina, Picos e São Raimundo Nonato, são os primeiros da lista de 21 cidades piauienses com o maior índice de calazar humano.
Em 2015 a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) confirmou 391 casos da doença em seres humanos. 13 pessoas não resistiram e acabaram morrendo. Este ano a situação ainda é preocupante. São 77 casos e quatro mortes.
"O Calazar é uma doença infecciosa causada pela leishmania e que você adquire a partir da picada do mosquito. Ao picar o indivíduo ele pode transmitir a doença e a pessoa pode ou não desenvolver o calazar.", explica a infectologista Elna do Amaral.
A Sesapi tem investido na descentralização do atentimento para combater a doença que tem como principais sintomas a perda de peso e a palidez. "A Sesapi nos anos de 2015 e 2014 fez uma cartela com uma capacitação com cerca de 30 médicos com a proposta de o médico fizesse o diagnóstico e o tratamento no município do paciente", afirmou Gregório da Silva Júnior, Coordenador de Leishmaniose da Sesapi. O coordenador ressalta que o índice de cura tem sido satisfatório e que o tratamento é gratuito.
"O diagnóstico para a doença, o estado banca. O LACEM recebe do Ministério da Saúde kits tanto para diagnosticar a doença nas pessoas como no cão, que é o principal reservatório da doença", pontuou Gregório.
Mas para evitar complicações o ideal é eliminar reservatórios como pontos de lixo que podem ser vir de criatório para o mosquito. "A principal recomendação é evitar o contato com o mosquito. Primeiro a proliferação do mosquito que acontece no acúmulo de lixo, no material orgânico e também usar repelentes e os cuidados que recomendamos pra evitar contato com esse mosquito", pontuou a infectologista Elna do Amaral.
Fonte: Folha de Oeiras