Falta de saneamento básico no país afeta mais as mulheres, diz pesquisa.
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Publicado em 23/10/2018

Vinte e sete milhões de mulheres no Brasil não têm acesso adequado à infraestrutura sanitária ou saneamento básico. Isso significa que uma em cada quatro mulheres brasileiras não tem água tratada ou coleta e tratamento de esgoto nas casas.

É o que diz o estudo inédito “O Saneamento e a Vida da Mulher Brasileira”, realizado pelo Instituto Trata Brasil em parceria com a ONG BBK Ambiental e o apoio da ONU Mulheres e do Pacto Global.

A pesquisa investigou como a falta de saneamento básico compromete a saúde das mulheres e o desenvolvimento econômico dessas pessoas. O levantamento aponta que um milhão e meio de mulheres sem banheiro em casa têm renda 73% menor em comparação as trabalhadoras com banheiro em casa.

Na idade escolar, as meninas sem acesso a banheiro têm desempenho pior no ENEM, 46 pontos a menos quando comparado a média nacional. O estudo avalia que o acesso à água tratada, coleta e tratamento de esgoto poderia reduzir em até 10% o atraso escolar da estudante.

O presidente executivo do Instituo Trata Brasil, Édison Carlos, ressalta que a falta de saneamento impacta mais as mulheres. O levantamento usou dados oficiais do IBGE, Ministério da Saúde, Educação e Cidades para produzir o estudo.

O documento estima que o acesso adequado à água e ao esgoto tiraria imediatamente da pobreza 635 mil mulheres, a maior parte negra e jovem. Além disso, o saneamento aumentaria em  R$ 321 a renda média dessas brasileiras, o que representaria um ganho total à economia do país de  R$ 12 bilhões.

Para alcançar a meta do Plano Nacional de Saneamento Básico, lançado em 2013, o Brasil precisaria investir, segundo o estudo, R$ 20 bilhões ao ano. Em 2016, o país investiu 11 bilhões no setor. A meta prevê universalizar o acesso adequado a água e esgoto até 2033.

 Fonte: Rádio Agência

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