Os professores da rede estadual de ensino fizeram assembléia ontem, 25, pela manhã. Na reunião, ficou decretada greve geral a partir de 15 de fevereiro. A data é emblemática, é o dia marcado para a volta do ano letivo. Na data, haverá outra assembléia, no Teatro de Arena (centro de Teresina), onde os servidores irão em passeata até o palácio de Karnak.
Segundo a professora Lourdes Chaves, Secretária Geral do Sinte – Sindicato dos Trabalhadores em Educação houve descumprimento do acordo firmado entre governo e servidores. “O governo (do Estado) está faltando cumprir com acordo do ano passado que é um reajuste de 4% . Ele prometeu 2% em outubro e outros 2% em novembro. E para o professor, nós temos o percentual do MEC que é de 11,36%, que reivindicamos que seja dado a todos os professores de forma linear. O reajuste deve ser concedido a todos os professores, independente de regime de trabalho, se 40h ou 20 horas semanais. Reivindicamos também que o reajuste seja estendido também aos aposentados”, informou.
Apesar dos transtornos que devem acarretar aos alunos, professores acham a greve justa. “Há um desrespeito muito grande com nossa categoria. Cada vez que é para termos um pouco de aumento, é um massacre, é essa luta e acho que precisamos disso porque é um direito nosso”. A professora Socorro Sousa questionou sobre a falta de verba para repasse aos servidores e professores da rede pública de ensino. “Se não tem dinheiro pra pagar a categoria, como tem dinheiro para contratar pessoas na escola. Se tem pessoas contratadas na escola, elas vão ter que receber igual a nós. Se não tem, de onde estão tirando dinheiro para pagá-las?”, pondera.
A professora denuncia que muitos servidores terceirizados estão fazendo parte da folha de pagamento das escolas. Os cargos são desde o setor administrativo a cargos funcionais, com exceção dos professores, que seguem o regime seletivo. “Acho que é mais um motivo lutar, reivindicar”, desabafou Socorro.
Fonte: Educação é Direito