Anvisa libera uso emergencial de novo lote da CoronaVac
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Publicado em 23/01/2021

4,8 milhões de doses vão reforçar a vacinação dos grupos prioritários

Em decisão unânime, por cinco votos a zero, a diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou nesta sexta-feira (22) o uso emergencial de um novo lote da CoronaVac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan. São 4,8 milhões de doses para reforçar a vacinação dos grupos prioritários, que começou no último domingo com 6 milhões de doses.

O pedido de uso emergencial foi apresentado pelo Butantan na segunda-feira e a resposta saiu sexta - no quarto dos dez dias de prazo para o anúncio da decisão. Diferentemente da reunião sobre o primeiro pedido, dessa vez o encontro foi virtual e durou menos de uma hora e meia.

Ao concluir a reunião, o diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, lembrou da necessidade de manter as pesquisas com as vacinas, para que seja possível ter o registro permanente o quanto antes. Barra Torres destacou que o uso emergencial é bastante limitado.

A partir de agora, a aprovação do uso emergencial será automática para a CoronaVac nas duas situações já autorizadas: quando vierem prontas da Sinovac ou quando forem apenas envasadas no Brasil, nas mesmas condições atuais.

E, a exemplo do que já havia ocorrido no primeiro pedido de uso emergencial feito para a CoronaVac, os diretores da Anvisa lembraram que ainda faltam informações sobre a quantidade e a duração dos anticorpos produzidos pela vacina. No termo de compromisso assinado no último domingo, o Butantan se comprometeu a apresentar esses dados até o dia 28 de fevereiro.

Essa autorização teve algumas diferenças em relação à primeira. A principal é que, em vez de receber as doses prontas do laboratório Sinovac, as vacinas foram envasadas já no Brasil. Como as doses são de apenas meio mililitro, o Butantan optou por, em vez de colocar uma dose por ampola, envasar dez doses por frasco.

A diretora da Anvisa responsável pela relatoria do pedido, Meiruze Freitas, frisou que é importante alertar os profissionais de saúde sobre essa mudança.

Os diretores da Anvisa também ressaltaram que não existem estudos para afirmar que a CoronaVac pode ter alguma eficácia se a segunda dose for aplicada fora do intervalo definido na bula, de 14 a 28 dias após a primeira. Por isso, recomendaram que a estratégia de vacinação respeite essa regra. Durante a semana, alguns prefeitos anunciaram que ampliariam o público que receberia a primeira dose, mesmo sem a garantia de ter a segunda em até 28 dias.

No caso da Covishield, desenvolvida pela universidade inglesa de Oxford em parceria com a AstraZeneca e a Fiocruz, os estudos demonstram que a primeira dose tem 71% de eficácia e, com a segunda, a vacina tem efeito superior a 90%. Além disso, a segunda dose da Covishield pode ser aplicada até 12 semanas depois da primeira.

 Fonte Radio Agencia

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