Como devemos invocar Deus no tempo da tribulação?
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Publicado em 22/10/2015

Assim nos revela a meditação de Tomás de Kempis [antigo monge e escritor alemão] em seu clássico “A Imitação de Cristo”

1. O Discípulo – Seja vosso nome para sempre bendito, Senhor, pois quisestes provar-me com esta tribulação.

E porque não posso evitá-la que outra coisa farei senão acolher-me a vós para que me auxilieis e a convertais em proveito meu?

Senhor, sinto-me atribulado; meu coração está desassossegado por causa desta paixão que o atormenta vivamente.

“Que vos direi agora”, oh, Pai amantíssimo? Rodeado estou de angústias. “Salvai-me nesta hora” (Jo 12,27).

Vós permitistes que eu chegasse a este estado para que sejais glorificado quando eu estiver muito abatido e for por vós livre.

Dignai-vos, Senhor, socorrer-me porque, pobre criatura, que posso eu fazer e onde irei sem vós?

Dai-me paciência, Senhor, ainda desta vez. Estendei-me a vossa mão, Deus meu, e não temerei, por mais forte que seja a tribulação.

2. Que posso eu dizer-vos neste estado? “Senhor, faça-se a vossa vontade”. Bem merecido tenho angústias e tribulações em que me vejo (Mt 6,10).

Convém que eu as sofra; e oxalá seja com paciência, até que passe a tempestade e venha a bonança.

Poderosa é a vossa mão onipotente para afastar de mim esta tentação e moderar sua violência, para que não sucumba de todo. Como tantas vezes tendes feito comigo, Deus meu, misericórdia minha.

E quanto para mim é mais dificultosa esta mudança, tanto mais fácil é ela para vós; “porque é obra da direita do Altíssimo” (Sl 76,11).

 

 

 

 

 

(Retirado do livro: “A Imitação de Cristo”, de Tomás de Kempis, Ed. Ave-Maria)

Por Prof. Felipe Aquino via Aleteia

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